domingo, maio 29, 2005

O casamento de um Lemos

A chegada em Franca
Sábado, deixando São Joaquim lá pelas duas e meia da tarde, conduzo a Fiorino com os doces que iriam compor a mesa do bolo do casamento. Meu irmão e eu vamos pela sinuosa e esburacada Rodovia Fábio Talarico. Faz um calor agradável. Discutimos algo sobre empreendorismo. Chegamos em Franca.

Descarregamos os doces no buffet e vamos para a casa de um tio meu para tomar banho e nos aprontarmos para a cerimônia. Mesmo tendo morando em Franca por 13 anos, sinto uma dificuldade de trafegar pelas ruas. O co-piloto era bom.

Na casa do meu tio, Brenão e Ví, nos oferecem uma farta refeição como lanche da tarde. Como umas três bisnaguinhas com requeijão e geléia demorango feita pela minha tia. A mesa ainda contava com roscas, outros tipos de pão, presunto, não sei quantos tipos de queijo e coca-cola. Meu tio se propõe a fazer um café e eu aceito. Na xícara, aplico-lhe algumas gotas de leite. Todos tomando banho.

Igreja
A igreja matriz de Franca é bem bonita. A parte do sacrário possui umas estatuas magníficas. O teto, quadros o altar. Uma bela composição para se tirar belas fotos.

Começo a avistar todos os parentes que a muito não se encontram. Filhos chorando, outros fazendo piadas em plena cerimônia e tudo mais que uma família faz.

Os noivos dizem SIM um para o outro.

Lá fora, rola uma confraternização entre os primos e partimos para a festa.

Festa
Há uma fila já grande para adentrar o recinto, quando chego. Melhor, dá pra conversar aqui fora. Tinha um cover do Pedro de Lara na fila. Trocamos apertos de mão.

Inside, todos vão um nas mesas do outros. A cerveja sai: a primeira congela. A segunda TAMBÉM. Abro um sorrisão e como uma bolinha de queijo.

Brincadeiras com o casal recém unido. Comentários sobre política, infância, futebol e sobre como algumas primas são preferências no quesito "beldade".

Já sem paletó e gravata, passo uma rasteira num primo meu, que estava com sua gravata em volta da testa. Conheço uma menina bem legal. Quer dizer, a reencontro, já que nos conhecíamos quando éramos pequenos. Conversamos um pouco e depois vamos dançar com os outros.

Já passando da meia-noite, o salão está bem vazio. Meu pai conduzira a Fiorino de volta a São Joaquim e agora, meu irmão e eu, estamos de Palio. A festa continua.

Os que sobram começam a se reunir em uma mesa perto do bar. Todos bebendo muito e comendo bolo. Os doces foram totalmente liquidados, o que me deixa feliz pacas. A pedidos de alguns, meu primo casado começa a imitar o Silvio Santos. Comédia pura. Constrangido, imito Bill Murray, atuando com "Bob-Sam": For relaxing times, make it suntory times. Todos riem à beça. Que massa que assitiram e gostaram do Lost in Translation.

Sobra só a nata na festa: os novos, meu irmão, três primos, dois netos do pai do noivo, duas namoradas dos primos e eu. Que saio e compro um Red Bull no posto em frente. Voltaria dirigindo.

Cerca de duas da manhã, faço o trevo que leva à minha cidade.

Segundo dia (domingo)
Conhecido como o "junta panela", a família se reúne para uma fraternização mais comedida, com pão de queijo e patê de frango e almoço. Cerveja e refrigerante circulam pela festa. O segundo mais que a primeira.

Lemos Truco's Tournament
Cada qual com seu parceiro, dando sinal quando recebem manilhas, puxando "tentos" quando ganham uma rodada. Vários deslizam e pedem truco na mão de onze dos rivais. Perdem e se acomodam para continuar vendo tio Bitonho e tio Luís desossarem seus rivais. Bereco e Ximar também levam uma bela surra. Tem um freezer cheio de latinhas ao lado da mesa.

Começo a comer muito pão de queijo, nos despedimos e vamos pra casa.

Ganhei uma bela dor de garganta. Enrolado no meu cobertor, fico feliz que amanhã seja feriado aqui. O próximo casamento é em setembro.

quinta-feira, maio 26, 2005

Espalharam pela internet

HÁ 10 ANOS
1. Assistia muito desenho animado
2. Era muito ruim no futebol
3. Jogava Super Nintendo quase o dia todo
4. Tinha doze anos e ainda não tinha dado um beijo de língua

HÁ 5 ANOS
1. Prestei vestibular para Psicologia
2. Passei no vestibular para Psicologia
3. Desisti, após um ano, do curso de Psicologia
4. Voltei a morar em São Joaquim da Barra

HÁ 2 ANOS
1. Gostei muito de uma menina
2. Prestei e passei no vestibular para Publicidade
3. Corria 10 quilômetros em 38 minutos
4. Fiz um ovo de Páscoa trufado de cereja

HÁ 1 ANO
1. Conheci o melhor professor com quem já tive aula: Jesus Durigan
2. Fiz muitos bombons de morango
3. Já conseguia jogar futebol de maneira razoável
4. Instalei ADSL em casa

ONTEM
1. Concluí, na faculdade, meu artigo científico semestral
2. Comi três lanches na cantina da faculdade
3. Quase dormi dentro do ônibus
4. Não fui à "Festa da Soja"

HOJE
1. Acordei cedo para trabalhar
2. Escutei um cover que gravei do Nick Drake, que há muito havia sido esquecido no meu HD
3. Comi uma pizza inteira de mussarela, na janta
4. Comi chocolate com marshmallow, de sobremesa

AMANHÃ EU VOU
1. Acordar cedo para trabalhar
2. Jogar futebol à noite
3. Beber cerveja pela madrugada

CINCO COISAS SEM AS QUAIS NÃO POSSO VIVER
1. Visão
2. Tato
3. Paladar
4. Audição
5. Olfato

CINCO COISAS QUE EU COMPRARIA COM $1,000
1. Um bom violão
2. Game Cube e o jogo "The Legend of Zelda: Twilight Princess"
3. Uma mountain bike para fazer trilha
4. Um monitor flat de 15 polegadas
5. Roupas de inverno

CINCO MAUS HÁBITOS
1. Deixar as coisas para a última hora
2. Falar muito alto
3. Falar muito
4. Dormir tarde
5. Reclamar na hora de acordar

TRÊS COISAS QUE ME ASSUSTAM
1.
Câncer
2. Altura
3. " BOO!"

TRÊS COISAS QUE ESTOU VESTINDO NESTE MOMENTO
1. Uma calça jeans nova
2. Uma camisa de manga-longa velha
3. Uma boa cueca Zorba

QUATRO DAS MINHAS BANDAS FAVORITAS
1. Red Hot Chili Peppers
2. Mogwai
3. Ben Harper and The Innocent Criminals
4. Sun Walk & The Dog Brothers

TRÊS COISAS QUE EU REALMENTE QUERO AGORA
1. Escovar os dentes
2. Deitar na minha cama
3. Dormir bem

terça-feira, maio 24, 2005

Golden Power

Li no Inductio esse post sobre video-games. Especificamente sobre o lançamento do PS3.

Lembro de quando obtive meu Nintendo 64, todos meus amigos estavam comprando o PS1 e dizendo que não era bom negócio a aquisição do 64, pois não tinha jeito de comprar cartuchos de forma barata (piratas). Bem, jeito até tinha, mas eles não salvavam os progressos do jogo, coisa que os da série da Sony executam exclusivamente pelo memory card. O 64 também o possui, porém os jogos que realmente interessam são tão grandes que não cabem na memória do cartão.

Enfim, a galera toda fritando os cd's e eu agonizando em busca de fitas do 64, ainda mais aqui em São Joaquim da Barra¹, que na época tinha só UMA locadora que possuia TRÊS fitas pro console. Mas eu me contentava com Mario 64. E não demorou muito, abriu uma outra locadora com várias fitas do 64, apesar de ser voltatada para PS. Mas com certeza tudo isso valeu quando botei as mãos no The Legend of Zelda: Ocarina of Time - possivelmente um dos melhores jogos de todos os tempos, incluindo jogos de qualquer outro console. Teve também o Majora's Mask, continuação do Ocarina. Gigantesco esse jogo. E ótimo também.

Por isso que, quando penso em comprar outro video-game, penso no Game Cube. Ainda mais com isso aqui. God bless Nintendo.

Equanto isso não se concretiza, meu emulador de SNES brings me back the old legend:


após derrotar o mago da foto, Link se dá mal e é mandado para o "Dark World" para libertar as SETE VIRGENS raptadas

Horas e horas de diversão.

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¹
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segunda-feira, maio 23, 2005

domingo, maio 22, 2005

The Complete Calvin and Hobbes


Lá na Amazon.com

Pede meu RG

"No período da iniciação, o iaô, além de fazer jus a uma pequena coleção com os inhãs[4] dos orixás que participam de sua configuração espiritual, recebe algumas contas específicas que o identificam como tal; são elas o mocam[5], o quelê[6] e os deloguns[7]; nesta ocasião os fios irão “comer”[8] junto com o “santo”, isto é, configurar-se-ão como verdadeiros campos de força.

[4] Fios de uma só “perna”, isto é, o colar simples de uma só fiada de miçangas cuja medida deve ir até a altura do umbigo.

[5] Cordão de palha da costa trançada cujos fechos são duas “vassourinhas” de palha; este cordão se constitui um símbolo do iaô e é, geralmente, preservado por toda vida. A palha da costa é utilizada ainda na confecção de quatro outras tranças que serão amarradas nos braços, recebendo aí o nome de icam, na cintura (a umbigueira) e no tornozelo, onde será acrescida de um guiso (o chaorô), cuja função é sinalizar o lugar onde se encontra o iaô através do barulhinho que produz.

[6] Gargantilha confeccionada com 8 fiadas de miçangas, entremeadas de firmas, todas na cor do orixá que está sendo “feito”. O quelê simboliza a indissociação entre o orixá e o iniciado.

[7] Colares feitos de 16 fiadas de miçangas com um único fecho cuja medida, como os inhãs, vai até a altura do umbigo. Cada iaô deve possuir, via de regra, um delogum de seu orixá principal e outro do orixá que o acompanha em segundo plano. No candomblé essa associação nada tem a ver com o “pai e mãe” da umbanda. Nada impede que um iaô seja filho de dois “santos” homens ou duas “santas” mulheres.

[8] Serão banhados pelo sangue sacrificial."

Guilherme Lemos é mestre em filosofia e assistente técnico do Departamento Cultural da UERJ.

IBÁ RE Ô, EGBON MI

Nossa domingueira vespertina

Globo
"Futebol - Campeonato Brasileiro": Santos x Atlético Mineiro

Record
"Futebol - Campelonato Brasileiro": Vasco x São Paulo

RedeTV!
"Olhar Digital" - bom programa sobre tecnologia digital

SBT

"Domingo Legal" - Reportagem cuja a chamada é: "Hellen Ganzarolli, MOÇA DE FAMÍLIA, visita FEIRA ERÓTICA em São Paulo"

Rede Vida
Algum programa dedicado à terceira idade. Tinha um senhor cantando enquanto outro mandava uns MIDI num tecladão pra lá de desengonçado.

Enquanto isso, assam fornadas de pães de mel por aqui. Chove, também.

sábado, maio 21, 2005

O lago sumiu

"Na ficção científica, todo o dito na verdade não existe". Okay.

E se pensarmos: "Na ficção científica, todo o NÃO dito de FATO EXISTE."?

quinta-feira, maio 19, 2005

'01:58

Eu sou totalmnte viciado no primeiro solo de "I could have lied", do Blood Sugar Sex Magik - RHCP. Bonito pacas. Deitava no chão da sala à noite, com uma almofada me confortando a cabeça. Todas as luzes apagadas. Todo mundo dormindo. Chamava no fone de ouvido.

Devia ter uns 16 anos na época.

terça-feira, maio 17, 2005

Tenho um primo fazendo mestrado em Economia

Inbox (1)

Guilherme,

Não resisti e mandei "the heart of sunrise", a música do YES na trilha de B´66. Essa introdução é fabulosa. Pra quem acha que aquele tosco do Metallica ou o outro do Rush, ou o Cavallera, tocam alguma coisa: Bill Bruford, com a sua idade (vinte e poucos), já tocava mais do que os três, mais o Phill Colins, o Alan White e o Bohan JUNTOS, com todo respeito ao caminhoneiro do Led.
Eu disse que o Fragile, cd da música anexada, era de 75, mas é de 72.
Um outro inglês que quase dá pra comparar com o Bruford é o RogerTaylor, aquela bichinha do Queen. Pró! Fora esse só alguns bateras do mundo do jazz pra se comparem a ele.

abraços
Breno

Nasty Mc

Vão tomar todo meu dinheiro em troco do nº4 (com batata grande e suco de limão).

quarta-feira, maio 11, 2005

É um bom riff de guitarra

Escutar Hail Hail, do Pearl Jam, com o som bem alto, pode ser uma boa pedida antes de tomar um banho de ducha com água gelada, já que, do nada, o calor voltou a imperar aqui nas redondezas.

Boa tarde

Aqui na Somel Doceria, temos um horário para o lanche vespertino das nossas colaboradoras. Decidi fazer desse horário um happy-hour pra mim. A tarefa a ser executada é a seguinte: me deslocar até o Posto Shop (conveniência aqui perto de casa), comprar o pão, comprar o recheio do pão, e deslocar-me novamente ao meu antro. Mas a capacidade humana de preencher "espaços vazios" com algo banal pode ser bem divertido. Então faço o seguinte:

- Desloco-me até a conveniência cantando alguma música, ou reparando na arquitetura das casas locais
- Dou um ótimo Boa tarde à atende do lugar, que retribui com um sorrisão
- Peço pães gratinados com queijo
- Dou uma rodada na loja em busca de algum produto lançamento e retorno ao balcão para receber meu pacote com sete pães gratinados e dois ou três pães de queijo de brinde, colocados estratégicamente pela nossa assistente
- Pego um Toddynho na geladeira e pago tudo
- Venho pra casa saborenado o Toddynho e comendo os pães de queijo

Agora eu tenho que ir ali, dar acabametno em uns bombons. A safra de morango desse ano está bem boa. Aconselho a todos.

A carteira custa R$35,00

Sempre fui fã da NBA. Quando pequeno, era louco pra ter os bonés oficiais com oito costuras na aba. Meu primeiro foi um do Chicago Bulls. Semelhante a este, porém preto. Logo depois, um roxo do L.A. Lakers.

O nosso maior medo era algum trombandinha levar nossa preciosidade, já que frenquentávamos muito o fliperama do Portugal (lembro de quando estreiou a máquina de Street Fighter - vinte fichas por dia) na época. Éramos todos um bando de cagalhões.

Na NBA o que mais gostava, além das transmissões dos playoffs pela BAND, era o campeonato de cestas de três. Nem curtia muito o de enterrada. Mas o de três era sensacional, os caras mal respiravam, altamente concentrados.

E também tinha um jogo pro Mega-Drive, que não consigo lembrar o nome, que meu irmão eu jogávamos muito. A gente não possuia o console, mas tinha uma locodara que o LOCAVA pra gente se divertir durante os fins-de-semana. Lembro da gente jogando toda vez que voltava da missa de domingo. Antes de chegar em casa, ainda dentro do carro fazendo o caminho de volta, elaborávamos jogadas e discutiamos qual era o nome mais legal dos times. Meu preferido sempre foi o Portland Trail Blazers. É muito legal falar esse nome, quando se é uma criança. Não lembro qual era o do meu irmão.

Todo esse assunto me veio à cabeça quando decidi que tinha que comprar uma carteira nova. Na busca por uma, encontrei um exemplar que se dizia oficial NBA do Bulls, muito semelhante às que circulavam na minha era infante. Que não é igual essas de hoje, feitas de coro. O lance era feito com um plástico preto, fechava na base do VELCRO e tinha uns plastiquinhos transparentes na parte interna central pra você guardar suas figurinhas dos albuns da Panini. Buscando na internet, só achei esse exemplar:

Acho que comprarei essa do Bulls, pra usar quando entrar de férias.

sábado, maio 07, 2005

domingo, maio 01, 2005

Entrevista com Guilherme Lemos


Da esquerda para direita:
- Hunger (A Fome), Knut Hamsun
- Até o dia em que o cão morreu, Daniel Galera
- Tropic of Cancer (Trópico de Câncer), Henry Miller
- Even the cowgirls get the blues (Até as vaqueiras ficam tristes), Tom Robbins
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Repórter: Existem livros melhores?
Guilherme Lemos: Com certeza.

Repórter: Mas há alguma relevância nessas obras?
GL: Depende.

Repórter: Como assim? (surpreso)
GL: Não há relevância alguma. (entediado)

Repórter: O que você diria sobre elas?
GL: Que foram escritas por mim.

Repórter: E você pode fazer isso?
GL: Claro. Por que não?

Repórter
: Simples, não são suas.
GL: E daí?

Repórter
: Os autores verdadeiros não iriam gostar dessa idéia.
GL: So what? SO WHAT?
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Que bela noite de inverno em São Joaquim da Barra. E ainda estamos no outono, não?