quinta-feira, novembro 03, 2005

How long must we march

Caía muita água das bicas, agora que íamos embora. Quando chegamos a chuva já havia cessado havia muito e no portal de entrada misturavam-se crianças e senhoras que trabalhavam para "As missões". Minha mãe me lembrou uma quatro vezes para não esquecer de levar um dinheiro para doar para "As missões".

Hoje acordei por volta do meio-dia. Minha mãe abriu a porta do quarto e, equanto me despertava, me seduzia descrevendo o que havia na mesa já posta. O primeiro prato era uma delícia a pouca descoberta aqui pra gente: surubim ao molho de camarão, lá do Bar do Japonês. O molho é feito com azeitonas, cebolinha, cebola, pimentão e pimenta. Uma iguaria. O segundo prato não tinha muito o que ostentar, mas era muito bom na sua simplicidade: salsicha ao molho sugo. Só não sabia o porque de dois pratos tão díspares na mesma mesa de almoço.

Pego o carro e levo minha mãe ao cemitério. Dia de finados. Estacionei no fim da subida nem tão íngrime que leva a ele. Desço com minha mãe, segurando velas e uma caixinha de fósforo e reclamando com minha bermuda que não tem um bolso decente. Primeiro visitamos o túmulo do meu bisavô, bisavó, avô e avó por parte de minha mãe. Os meus por parte de pai estão enterrados em Franca e só lembro de os ter visitado enquanto morávamos lá. Enquanto tento acender três velas ao lado do túmulo, umavoz conhecida passa varrendo o caminho cheio de folhas caídas das árvores. Era Zequinha, o Coveiro.

Eu e minha mãe nos dirigimos para mais dois túmulos de parentes nossos. Na percurso para o terceiro, ap[ós acender mais duas velas, encontro com Carlão, vocalista da banda Demolition Effect, e com o Zequinha. Muito barbudo. Apóia no ombro uma vassoura com uma caixa de papelão presa a ela. Volto ao encontro de minha mãe que me pede para acender as velas restante no Cruzeiro, que é uma cruz grande, no fim do cemitério, lá as pessoas rezam e acendem várias velas. Tive dificuldade pelo excesso de água que estava empoçada e pelo vento, que me lançava o fogo das outras velas já acesas.

Saindo do cemitério, após deixar a pequena contribuição para "As missões", quase levamos um banho das bicas que ficam acima do portal de entrada. Um homem subiu lá em cima e desentupia as bicas com um galho de árvores, fazendo sua chuva alí na entrada do cemitério.

segunda-feira, julho 25, 2005

A razão de ser

Não sei se filet mignon, legumes na manteiga, arroz com "rapinha" queimada no fundo da panela e feijão temperado com bacon são os melhores acompanhantes para um vinho tinto suave de mesa, mas esse foi meu jantar.

Jaz aqui na minha frente, right now, a meia taça restante do vinho que foi aberto por meu pai. Tomei duas ou três num ritmo veloz. Esta, que é a última, venho apreciando há uns quinze minutos. Bebericando de leve, tenho a certeza de que o vinho é uma bebida que, quanto mais se bebe, melhor fica. O sabor, ao primeiro gole, tem uma certa rispidez que, creio eu, é causada pela oxidação. Mas é passageira. Logo você está sentido uma sensação de estar tocando em veludo, só que com a garganta.

À esquerda, o lendário "Falcão da Mogiana", desenhado por mim neste negócinho, que tive acesso via Lord Ass.

quarta-feira, julho 20, 2005

lml

(clique para ampliar)
Esta foto me lembrou o Zequinha. Acho que é pela posição da mão escondendo o rosto e pela estória que ele me contou, quando raspou todos os cabelos da cabeça, totalizando o uso de 4 lâminas de barbear. Leia a continuação da entrevista aqui. (via SLAYERIZED)

segunda-feira, julho 18, 2005

Sleepy bolero #1

Acabei de estender dois cobertores na minha cama, junto ao meu travesseiro de pena. Sim, um travesseiro 100% pena de pato e ganso. O que torna um horror a lembrança do meu velho travesseiro de espumas. Diga-se de passagem, imenso mau gosto, esses travesseiros de espuma.

Em cima da cômoda, o livro "Gone, baby, gone", do Dennis Lehane. Romance policial; o primeiro que leio desta estirpe (a não ser um conto do Truman Capote no livro "Música para camaleões", mas era um conto e não um romance). Já li dois capítulos. Trata de um desaparecimento de uma criança e de uma dupla de detetives particulares. Não vejo assunto mais óbvio, mas é aí que o escritor tem que se puxar e fazer algo que preste. Muito mais difícil do que inventar invenções sobre o imaginário, que se perdem no absoluto vazio de devaneios sem significados. É como um saxofonista branco que insiste em tocar Coltrane, mas sempre afunda a canção. Só então se dá conta que é melhor tocar um tango e, ao invés de errar pela inadequação, explora apenas aquilo dentro de seus limites. As pessoas boas precisam de regras. E o livro parece ser bom.

Ah, o Lehane é o mesmo autor de "Sobre meninos e lobos - Mystic River", que o Eastwood adaptou para o cinema.

quarta-feira, julho 13, 2005

Estilo é tudo

Sentado, observava a rua São Paulo. Alguns carros passavam com o som alto, algumas pessoas a subiam, a maioria jovens que trabalham em um supermercado. Todos com agasalhos. E o vento frio já me fazia pensar no porquê eu havia ignorado o pedido da minha mãe, que era justamente vestir uma blusa. Mães.

Há também um certo movimento na video-locadora que fica em frente do Jorginho - ah sim, eu estou sentado aqui esperando meu X-Filé Tudo, de R$6,50.

Na tevê passava o Jornal Nacional e mais alguma denúncia contra o PT. Daí se inicia um diálogo entre uma freguesa, uma senhora de uns 60 e poucos anos, e a mulher do Jorginho:

- Esse PT é uma vergonha.
- É mesmo.
- E aqui? Aquela lá (referindo-se a atual prefeita petista) não fez nada também.
- Não fez mesmo. Prefiria o Schmidt (ex-prefeito, estilo Paulo Maluf, guardadas as devidas proporções).
- Ah, claro! Muito melhor! Ele até não podia fazer muita coisa, mas tinha CRÁSSE.

Enquanto isso, no orkut

Today's fortune:
What's vice today may be virtue tomorrow


É. Confesso que isso aí me deixou deveras intrigado.

segunda-feira, julho 11, 2005

domingo, julho 10, 2005

Sorte ou Revés

(clique para ampliar)

Parece que vai demorar para eu ficar milionário com esse sistema do Google Adsense. Por enquanto, vou ali jogar um Banco Imobiliário para treinar o FARO pr'os NEGÓCIOS.

Trilha sonora para dias de chuva

Rejoicing in the hands (Devendra Banhart)


How strange, innocence (Explosions in the sky)

sexta-feira, julho 01, 2005

Caixa alta

Aprecio muito o estilo da LITERATURA do Cardoso. Gosto mesmo. É sempre um prazer lê-lo, principalmente quando discorre sobre assuntos aparentemente sem graça. Que é o que frequentemente ocorre.

Então. Só pra linkar um post dele lá no Bomboclaat!. Pena não ter permalink. Mas cliquem aqui e procurem pelo post "NATIONAL GEOGRAPHIC". Será fácil encontrá-lo. A parte sobre o tigre é sensacional e, abaixo, segue um trecho do mais puro cardoseano, segundo meu conceito arbitrário do que quer que isso signifique:

"Terceira equipe.

Esta investiga as BELÍSSIMAS técnicas que os pássaros MACHOS adotam para SEDUZIR suas pretendentes.

Sobretudo, as técnicas de UM pássaro em especial.

Esqueci o nome. Era branco, pequenino. Não importa. Fato é que o bicho manda MUITO: único registro na natureza de animal que é capaz de chamar no MOONWALK, aquele passo inventando pelo MICHAEL JACKSON que consiste em DESLISAR para trás com um jogo de pernas. Truly remarkable."


Ah. E tem o livro dele, que já tá quase saindo do forno.

Bob Jeff

Hoje, 1º de julho, no Today's Front Pages , apenas 3, das 32 capas de jornais brasileiros relacionadas no site, não têm o Roberto Jefferson estampado nelas.

quinta-feira, junho 30, 2005

A raposa é só diversão

É muito legal ficar navegando por essas extensions do Firefox.

Já instalei a Collorzilla, que gera um conta gotas na parte inferior esquerda do browser e que possibilita o usuário da raposa identificar cores na web. Uma outra é a CustomizeGoogle, que adiciona muitas coisinhas legais para você dar uma incrementada nas suas buscas pelo TODO PODEROSO. E, claro, não se esquecer da extensão do StumbleUpon, uma das melhores ferramentas já criadas para navegação.

Impossível não se divertir com internet.

segunda-feira, junho 27, 2005

Blogger news

O Blogger disponibilizou um novo serviço: o Blogger Image. Antes, para postar imagens, eu utilizava o Hello, que tem parceria com o Blogger. Com este programa, os usuários poderiam postar quantas fotos quisessem, porém, apenas uma por post. Outro obstáculo, era o de ter que enviar a imagem ao blog e depois editá-la junto ao texto relacionado.

Com este novo serviço, o Blogger facilita a vida de seus blogueiros. Valeu, aí.

UPDATE: lembrei quando o Blogger anunciou a disponibilização de imagens no blog a partir do Hello. Em conversa com um amigo, até pensamos que daria uma baqueada no Fotolog.net, se não me engano, esse mesmo amigo criou um tópico na lista de discussões do lá do Fotolog.net com o título: "The End of Fotolog.net?". Acho que não obteve uma réplica, o post.

Mas com esse novo serviço, a coisa fica muito facilitada e abre as portas para realmente se pensar em ter um fotolog a partir do blog. Muitas pessoas já fazem algo semelhante (noto isso quando uso a barra do Blogger, na opção "Next Blog"), mesmo com os pequenos obstáculos do Hello. Se o Blogger criasse um sistema de feedback (um rss), usando um atalho simples em cada blog da rede com o qual a pessoa tornasse aquele blog visitado num "favoritos" (criando um link no seu próprio blog, que se atualizaria toda vez que aquele blog fosse atualizado), creio que o quadro penderia para o Blogger. Mas penso que nem afetaria o já famoso sítio de hospedagem de fotos, já que este tem o glamour de ter sido o primeiro a disponibilzar o serviço, além já possuir todos esses recursos descritos acima, menos o de capacidade de armazenamento gratuito e com taxa de upload indeterminada.

Lendo o que escrevi acima, acabo de sugerir um sistema de RSS Feed interno para os usuários do Blogger. O que não seria uma má idéia. ; )

terça-feira, junho 21, 2005

Melhor jonal do mundo

Catador de papel mata homem no bairro Armazéns Gerais
"Na noite da última quarta-feira, por volta das 23 horas na rua Sergipe, 3003, bairro Armazéns Gerais, o ajudante de serviços gerais, Rubens Donizete Alvino, de 46 anos, conhecido por “Rubão”, foi assassinado brutalmente com golpes de facão e martelo. Segundo a polícia, o corpo apresentava vários ferimentos pelo corpo."
...
" Em depoimento à polícia, Gusto declarou que cortou parte da orelha e comeu a mesma com “pinga”, além de ter urinado sobre o corpo de Rubão. “Estou feliz porque ele ameaçava muitas pessoas”, afirmou o catador de papel." (
Jornal Vitrini Online.)

sábado, junho 18, 2005

Tocando o horror em São João

Minha casa fica na diagonal oposta a uma igreja. Mais precisamente a Igreja Quadrangular do Reino de Deus. Em frente tem um depósito de bebidas. Ao lado, o estacionamento do tal depósito.

Sendo esta a época dos balões e foguetes, o depósito, seguindo a estratégia de um bom relacionamento com uma parcela de seus stakeholders, decidiu ceder o tal estacionamento para realização de uma comemoração junina da tal igreja. Até aí tudo bem. Barraquinhas de pipoca, bolo, cachorro quente, entre outras. Mas o que FUDEU GERAL foi colocar uma banda de ROCK TEEN GOSPEL, que se entitula SOLDADOS DE CRISTO e que tem como HINO, ou música de abertura, a canção JESUS É MEU GENERAL (me pergunto quem será, então, o MARECHAL?), que é uma versão de uma música do Foo Fighters. E TODAS as outras músicas são versões de Charlie Brown ou CPM22. Totalmente desafinado, som desregulado, guitarras estridentes e a bateria praticamente GRUDADA na minha janela. Se der uma caixinha de fósforo pro batera, ele não emplaca nem ATIREI O PAU NO GATO. E em todos os intervalos ficam gritando "aleluia" umas cinquenta e sete vezes.

Na crença deles, nem acreditam em santos. E a festa junina é em homenagem a São João. Enfim.

Minha disse que vai chamar a polícia. Totalmente transtornada.

UPDATE: reclamei cedo. O palco foi dominado agora por uma TIAZONA cantando no estilo As Marcianas. Tipo um forrozão senil com temas de Cristo, mas mesmo assim tem como encaixar, na letra, o famoso "CUMPADI".

quarta-feira, junho 15, 2005

1ª Feira do Livro

Começou nessa segunda-feira, dia 13 de junho, a "1ª Feira do Livro", aqui em São Joaquim. Promovida pela prefeitura, a feira é bem pequena: foi instalada uma tenda em frente a igreja matriz.

Sem saber do acontecimento do evento, me vi dando um sorrisão, enquanto atravessava a rua da praça. Do lado de fora da tenda enfileiram-se três carrinhos de comércio alimentício instantâneo: o Cachorrão do Fofão (hot-dog), a Pizzas Icco e a Pizzas Bambolê. Era umas três da tarde. Ninguém nos carrinhos. Um dos mercantes fumava um longo cigarro fino enquanto resolvia uma palavra-cruzada.

Dentro da feira há muitos pré-adolescentes (essa caracterização ainda existe?), uma escola pública estava a visitando com seus alunos. A segunda coisa que noto é que os stands não são de editoras, mas sim de livrarias de grande porte aqui da região. O primeiro livro que avisto de longe é o "Código Da Vinci", logo ao lado de outros três livros do mesmo autor. Todos os três constanto: "Do mesmo autor de Código Da Vinci". Averiguo as outras exposições: uma sobre autores joaquinenses, uma sobre espiritismo e outra sobre catolicismo. Uma sobre livros ditáticos e outra sobre livros infantis.

Fico folheando livros por um bom tempo. Um me chama a atenção: "Gone, baby, gone", traduzido, claro. Estória policial. Bela capa. Uma olhada na prateleira de cima e vejo o Budapeste, de Chico Buarque. Definitivamente uma bela capa. Decido pela compra dos dois, mas só amanhã, já que estou sem um puto na carteira e não muito propenso em assinar uma folha de cheque. O do Chico é R$35,00 e o outro não me lembro - cerca de 30 pilas.

Tudo isso enquanto uma menina lia uma longa estória pelo microfone. Algo sobre pais e mães e dormir fora de casa.

segunda-feira, junho 06, 2005

Estória

São Zequinha da Barra
(escrito por Renato Parada)

"Era um sábado de manhã, acordei cedo e me preparei para ir até o único cemitério de São Joaquim da Barra, nordeste do estado de São Paulo. Ninguém querido tinha morrido, fui à procura do Zequinha para marcarmos um horário para entrevistá-lo. O cemitério estava completamente vazio, imerso num completo silêncio. Subia a grande rampa principal e olhava para os lados na esperança de encontrar alguma alma viva, mas não via nenhum sinal. O único sinal de vida ali era uma gata que dormia em cima de uma lápide, com seu filhote deitado em cima dela. Ela apenas levantou sua cabeça quando me viu. Nenhum sinal do Zequinha."


Clique aqui, para ler o post na íntegra.

Agapês

Eu tenho uma impressora Hp 3820. Consideravelmente boa, até que deu a primeira pane (devido ao uso contínuo nesse pouco mais de um ano, não ne zanguei dela estragar, mas esperava um pouco mais de tempo para que isso ocorresse): os cartuchos simplesmente pararam de se mexer, tornado a impressão impossível de se realizar. Procurei assistência técnica primeiramente na Microbarra. O cara veio aqui em casa, botou a impressora em uma MOTO e saiu pulando com ela pelas ruas esburacadas. Isso era nove da manhão, insisti que era urgente o conserto. No fim da tarde, passei na loja para verificar qual era o problema, já que não haviam me telefonado. Chegando lá, notei que nem sequer haviam mexido nela. Me mostrei bastande insatisfeito para a atendente, que disse que "o rapaz da manuntenção anda muito ocupado". Hmpf. Peguei ela e levei até a Infotec, duas quadras pra baixo. Fui a pé.

Fui prontamente atendido. Disse que podia ser algum problema com sujeira, ou que havia estragado alguma pea que o impossibilizava de andar, o carro dos cartuchos. Deixei lá e pei pra ele me retornar mais cedo possível, mas antes pedi que me arrumasse uma outra impressora, pois não podia ficar sem. Me mandou uma HP 670C. Muito lenta, mas eu não podia reclamar. No outro dia me ligou e me disse que era um problema de sujeira, e que em breve resolveria. Depois de uma semana quase xingando aquela 670, chega a minha de novo. No recibo estava escrito: "Cliente: Pão de Mel". Ri e paguei caros R$60,00.

Não deu dois meses. Estava imprimindo etiquetas quando de repente ela parou de imprimir. Os carros estvam se movimento normal. O problema era que ela tinha registrado algo no buffer, toda hora que a ligava, ela puxava um papel, mas não imprimia nada. Fiquei boa parte da manhã desse dia tentando resolver. Depois contactei o Francismar, mas não ajudou muito, já que ele mandou eu fazer justamente o que já tinha tentado. Levei então ela na Hard'Sys, uma nova loja de informática daqui. O dono trabalhava no lugar onde eu havia comprado minha máquina, há um ano atrás. O Vinas já tinha me indicado o local. Quando fui levar a impressora pra lá, encontrei com ele, que se dispôs a emprestar a sua, enquanto a minha estava no conserto, já que ficaria algum tempo sem computador emcasa. Agradeci e a busquei. Uma HP 840C. Que maravilha de impressora. Silenciosa, razoavelmente rápida e uma resolução muito boa. Valeu, Vinas.

Agora estou em dúvida se compro essa aqui, uma HP 1315 multifuncional por R$560,00 (pois gostaria muito de possuir um scanner, mas não tenho espaço para uma impressora E um scanner) ou uma HP 3845 por R$300,00. Ou até mesmo essa 840C. O que não dá, é ficar apenas com uma única impressora.

domingo, junho 05, 2005

Get Behind Me Satan



Estou ouvindo pela Rádio Uol o novo disco do The White Stripes (o site temático do disco ficou muito bom).

A fama é que o White Stripes seria a banda de um cara tocando uma guitarra e uma mulher na bateria. Mas isso é uma maneira simplória e fantasasiosa de se tratar a coisa. Introdução de outros instrumentos, como teclados e, uma música que ouço agora, chamada "Little Ghost", é inteira levada por um banjo. Violões também comandam em algumas músicas. Pra falar a verdade, eu gostaria que fosse só os dois instrumentos, "mas não tem criatividade que dê jeito nesse pouco espaço de tentativas"*. Mas o disco é bom. Essa fórmula é bem feita pelo Jack, como já notada no "Elephant", com pianinhos de leve e de repente alguma guitarra mais pesada somada a batidas em pratos pela bateria; alguns lugares-comuns de blues com guitarras barulhentas de grunge (o que torna essa variação massa); e umas baladas meio country com levadas de violão.

No mesmo patamar do "Elephant", sendo ainda o melhor o "White Blood Cells". Mas com certeza, "Get Behind Me Satan" entrará mais vezes no meu playlist.

* não leve essa afirmação ao pé da letra

Gramado

Quarta-feria parto, junto com mais um pessoal da faculdade, para o 15º Festival Mundial de Publicidade de Gramado. Saíremos de Franca por volta das 7 e meia da manhã, chegando em Gramado só na madrugada de quarta pra quinta.

Horas e horas de viagem, algumas blusas de lã feitas pela minha mãe e a promessa de jantares fabulosos em companhia de pessoas agradáveis e vinho do bom. Vai ser uma boa semana, essa.

sábado, junho 04, 2005

Blogger não decepciona

Esse favicon do Blogger ficou muito massa.

quarta-feira, junho 01, 2005

A sight to behold


(clique para ampliar)
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domingo, maio 29, 2005

O casamento de um Lemos

A chegada em Franca
Sábado, deixando São Joaquim lá pelas duas e meia da tarde, conduzo a Fiorino com os doces que iriam compor a mesa do bolo do casamento. Meu irmão e eu vamos pela sinuosa e esburacada Rodovia Fábio Talarico. Faz um calor agradável. Discutimos algo sobre empreendorismo. Chegamos em Franca.

Descarregamos os doces no buffet e vamos para a casa de um tio meu para tomar banho e nos aprontarmos para a cerimônia. Mesmo tendo morando em Franca por 13 anos, sinto uma dificuldade de trafegar pelas ruas. O co-piloto era bom.

Na casa do meu tio, Brenão e Ví, nos oferecem uma farta refeição como lanche da tarde. Como umas três bisnaguinhas com requeijão e geléia demorango feita pela minha tia. A mesa ainda contava com roscas, outros tipos de pão, presunto, não sei quantos tipos de queijo e coca-cola. Meu tio se propõe a fazer um café e eu aceito. Na xícara, aplico-lhe algumas gotas de leite. Todos tomando banho.

Igreja
A igreja matriz de Franca é bem bonita. A parte do sacrário possui umas estatuas magníficas. O teto, quadros o altar. Uma bela composição para se tirar belas fotos.

Começo a avistar todos os parentes que a muito não se encontram. Filhos chorando, outros fazendo piadas em plena cerimônia e tudo mais que uma família faz.

Os noivos dizem SIM um para o outro.

Lá fora, rola uma confraternização entre os primos e partimos para a festa.

Festa
Há uma fila já grande para adentrar o recinto, quando chego. Melhor, dá pra conversar aqui fora. Tinha um cover do Pedro de Lara na fila. Trocamos apertos de mão.

Inside, todos vão um nas mesas do outros. A cerveja sai: a primeira congela. A segunda TAMBÉM. Abro um sorrisão e como uma bolinha de queijo.

Brincadeiras com o casal recém unido. Comentários sobre política, infância, futebol e sobre como algumas primas são preferências no quesito "beldade".

Já sem paletó e gravata, passo uma rasteira num primo meu, que estava com sua gravata em volta da testa. Conheço uma menina bem legal. Quer dizer, a reencontro, já que nos conhecíamos quando éramos pequenos. Conversamos um pouco e depois vamos dançar com os outros.

Já passando da meia-noite, o salão está bem vazio. Meu pai conduzira a Fiorino de volta a São Joaquim e agora, meu irmão e eu, estamos de Palio. A festa continua.

Os que sobram começam a se reunir em uma mesa perto do bar. Todos bebendo muito e comendo bolo. Os doces foram totalmente liquidados, o que me deixa feliz pacas. A pedidos de alguns, meu primo casado começa a imitar o Silvio Santos. Comédia pura. Constrangido, imito Bill Murray, atuando com "Bob-Sam": For relaxing times, make it suntory times. Todos riem à beça. Que massa que assitiram e gostaram do Lost in Translation.

Sobra só a nata na festa: os novos, meu irmão, três primos, dois netos do pai do noivo, duas namoradas dos primos e eu. Que saio e compro um Red Bull no posto em frente. Voltaria dirigindo.

Cerca de duas da manhã, faço o trevo que leva à minha cidade.

Segundo dia (domingo)
Conhecido como o "junta panela", a família se reúne para uma fraternização mais comedida, com pão de queijo e patê de frango e almoço. Cerveja e refrigerante circulam pela festa. O segundo mais que a primeira.

Lemos Truco's Tournament
Cada qual com seu parceiro, dando sinal quando recebem manilhas, puxando "tentos" quando ganham uma rodada. Vários deslizam e pedem truco na mão de onze dos rivais. Perdem e se acomodam para continuar vendo tio Bitonho e tio Luís desossarem seus rivais. Bereco e Ximar também levam uma bela surra. Tem um freezer cheio de latinhas ao lado da mesa.

Começo a comer muito pão de queijo, nos despedimos e vamos pra casa.

Ganhei uma bela dor de garganta. Enrolado no meu cobertor, fico feliz que amanhã seja feriado aqui. O próximo casamento é em setembro.

quinta-feira, maio 26, 2005

Espalharam pela internet

HÁ 10 ANOS
1. Assistia muito desenho animado
2. Era muito ruim no futebol
3. Jogava Super Nintendo quase o dia todo
4. Tinha doze anos e ainda não tinha dado um beijo de língua

HÁ 5 ANOS
1. Prestei vestibular para Psicologia
2. Passei no vestibular para Psicologia
3. Desisti, após um ano, do curso de Psicologia
4. Voltei a morar em São Joaquim da Barra

HÁ 2 ANOS
1. Gostei muito de uma menina
2. Prestei e passei no vestibular para Publicidade
3. Corria 10 quilômetros em 38 minutos
4. Fiz um ovo de Páscoa trufado de cereja

HÁ 1 ANO
1. Conheci o melhor professor com quem já tive aula: Jesus Durigan
2. Fiz muitos bombons de morango
3. Já conseguia jogar futebol de maneira razoável
4. Instalei ADSL em casa

ONTEM
1. Concluí, na faculdade, meu artigo científico semestral
2. Comi três lanches na cantina da faculdade
3. Quase dormi dentro do ônibus
4. Não fui à "Festa da Soja"

HOJE
1. Acordei cedo para trabalhar
2. Escutei um cover que gravei do Nick Drake, que há muito havia sido esquecido no meu HD
3. Comi uma pizza inteira de mussarela, na janta
4. Comi chocolate com marshmallow, de sobremesa

AMANHÃ EU VOU
1. Acordar cedo para trabalhar
2. Jogar futebol à noite
3. Beber cerveja pela madrugada

CINCO COISAS SEM AS QUAIS NÃO POSSO VIVER
1. Visão
2. Tato
3. Paladar
4. Audição
5. Olfato

CINCO COISAS QUE EU COMPRARIA COM $1,000
1. Um bom violão
2. Game Cube e o jogo "The Legend of Zelda: Twilight Princess"
3. Uma mountain bike para fazer trilha
4. Um monitor flat de 15 polegadas
5. Roupas de inverno

CINCO MAUS HÁBITOS
1. Deixar as coisas para a última hora
2. Falar muito alto
3. Falar muito
4. Dormir tarde
5. Reclamar na hora de acordar

TRÊS COISAS QUE ME ASSUSTAM
1.
Câncer
2. Altura
3. " BOO!"

TRÊS COISAS QUE ESTOU VESTINDO NESTE MOMENTO
1. Uma calça jeans nova
2. Uma camisa de manga-longa velha
3. Uma boa cueca Zorba

QUATRO DAS MINHAS BANDAS FAVORITAS
1. Red Hot Chili Peppers
2. Mogwai
3. Ben Harper and The Innocent Criminals
4. Sun Walk & The Dog Brothers

TRÊS COISAS QUE EU REALMENTE QUERO AGORA
1. Escovar os dentes
2. Deitar na minha cama
3. Dormir bem

terça-feira, maio 24, 2005

Golden Power

Li no Inductio esse post sobre video-games. Especificamente sobre o lançamento do PS3.

Lembro de quando obtive meu Nintendo 64, todos meus amigos estavam comprando o PS1 e dizendo que não era bom negócio a aquisição do 64, pois não tinha jeito de comprar cartuchos de forma barata (piratas). Bem, jeito até tinha, mas eles não salvavam os progressos do jogo, coisa que os da série da Sony executam exclusivamente pelo memory card. O 64 também o possui, porém os jogos que realmente interessam são tão grandes que não cabem na memória do cartão.

Enfim, a galera toda fritando os cd's e eu agonizando em busca de fitas do 64, ainda mais aqui em São Joaquim da Barra¹, que na época tinha só UMA locadora que possuia TRÊS fitas pro console. Mas eu me contentava com Mario 64. E não demorou muito, abriu uma outra locadora com várias fitas do 64, apesar de ser voltatada para PS. Mas com certeza tudo isso valeu quando botei as mãos no The Legend of Zelda: Ocarina of Time - possivelmente um dos melhores jogos de todos os tempos, incluindo jogos de qualquer outro console. Teve também o Majora's Mask, continuação do Ocarina. Gigantesco esse jogo. E ótimo também.

Por isso que, quando penso em comprar outro video-game, penso no Game Cube. Ainda mais com isso aqui. God bless Nintendo.

Equanto isso não se concretiza, meu emulador de SNES brings me back the old legend:


após derrotar o mago da foto, Link se dá mal e é mandado para o "Dark World" para libertar as SETE VIRGENS raptadas

Horas e horas de diversão.

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¹
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segunda-feira, maio 23, 2005

domingo, maio 22, 2005

The Complete Calvin and Hobbes


Lá na Amazon.com

Pede meu RG

"No período da iniciação, o iaô, além de fazer jus a uma pequena coleção com os inhãs[4] dos orixás que participam de sua configuração espiritual, recebe algumas contas específicas que o identificam como tal; são elas o mocam[5], o quelê[6] e os deloguns[7]; nesta ocasião os fios irão “comer”[8] junto com o “santo”, isto é, configurar-se-ão como verdadeiros campos de força.

[4] Fios de uma só “perna”, isto é, o colar simples de uma só fiada de miçangas cuja medida deve ir até a altura do umbigo.

[5] Cordão de palha da costa trançada cujos fechos são duas “vassourinhas” de palha; este cordão se constitui um símbolo do iaô e é, geralmente, preservado por toda vida. A palha da costa é utilizada ainda na confecção de quatro outras tranças que serão amarradas nos braços, recebendo aí o nome de icam, na cintura (a umbigueira) e no tornozelo, onde será acrescida de um guiso (o chaorô), cuja função é sinalizar o lugar onde se encontra o iaô através do barulhinho que produz.

[6] Gargantilha confeccionada com 8 fiadas de miçangas, entremeadas de firmas, todas na cor do orixá que está sendo “feito”. O quelê simboliza a indissociação entre o orixá e o iniciado.

[7] Colares feitos de 16 fiadas de miçangas com um único fecho cuja medida, como os inhãs, vai até a altura do umbigo. Cada iaô deve possuir, via de regra, um delogum de seu orixá principal e outro do orixá que o acompanha em segundo plano. No candomblé essa associação nada tem a ver com o “pai e mãe” da umbanda. Nada impede que um iaô seja filho de dois “santos” homens ou duas “santas” mulheres.

[8] Serão banhados pelo sangue sacrificial."

Guilherme Lemos é mestre em filosofia e assistente técnico do Departamento Cultural da UERJ.

IBÁ RE Ô, EGBON MI

Nossa domingueira vespertina

Globo
"Futebol - Campeonato Brasileiro": Santos x Atlético Mineiro

Record
"Futebol - Campelonato Brasileiro": Vasco x São Paulo

RedeTV!
"Olhar Digital" - bom programa sobre tecnologia digital

SBT

"Domingo Legal" - Reportagem cuja a chamada é: "Hellen Ganzarolli, MOÇA DE FAMÍLIA, visita FEIRA ERÓTICA em São Paulo"

Rede Vida
Algum programa dedicado à terceira idade. Tinha um senhor cantando enquanto outro mandava uns MIDI num tecladão pra lá de desengonçado.

Enquanto isso, assam fornadas de pães de mel por aqui. Chove, também.

sábado, maio 21, 2005

O lago sumiu

"Na ficção científica, todo o dito na verdade não existe". Okay.

E se pensarmos: "Na ficção científica, todo o NÃO dito de FATO EXISTE."?

quinta-feira, maio 19, 2005

'01:58

Eu sou totalmnte viciado no primeiro solo de "I could have lied", do Blood Sugar Sex Magik - RHCP. Bonito pacas. Deitava no chão da sala à noite, com uma almofada me confortando a cabeça. Todas as luzes apagadas. Todo mundo dormindo. Chamava no fone de ouvido.

Devia ter uns 16 anos na época.

terça-feira, maio 17, 2005

Tenho um primo fazendo mestrado em Economia

Inbox (1)

Guilherme,

Não resisti e mandei "the heart of sunrise", a música do YES na trilha de B´66. Essa introdução é fabulosa. Pra quem acha que aquele tosco do Metallica ou o outro do Rush, ou o Cavallera, tocam alguma coisa: Bill Bruford, com a sua idade (vinte e poucos), já tocava mais do que os três, mais o Phill Colins, o Alan White e o Bohan JUNTOS, com todo respeito ao caminhoneiro do Led.
Eu disse que o Fragile, cd da música anexada, era de 75, mas é de 72.
Um outro inglês que quase dá pra comparar com o Bruford é o RogerTaylor, aquela bichinha do Queen. Pró! Fora esse só alguns bateras do mundo do jazz pra se comparem a ele.

abraços
Breno

Nasty Mc

Vão tomar todo meu dinheiro em troco do nº4 (com batata grande e suco de limão).

quarta-feira, maio 11, 2005

É um bom riff de guitarra

Escutar Hail Hail, do Pearl Jam, com o som bem alto, pode ser uma boa pedida antes de tomar um banho de ducha com água gelada, já que, do nada, o calor voltou a imperar aqui nas redondezas.

Boa tarde

Aqui na Somel Doceria, temos um horário para o lanche vespertino das nossas colaboradoras. Decidi fazer desse horário um happy-hour pra mim. A tarefa a ser executada é a seguinte: me deslocar até o Posto Shop (conveniência aqui perto de casa), comprar o pão, comprar o recheio do pão, e deslocar-me novamente ao meu antro. Mas a capacidade humana de preencher "espaços vazios" com algo banal pode ser bem divertido. Então faço o seguinte:

- Desloco-me até a conveniência cantando alguma música, ou reparando na arquitetura das casas locais
- Dou um ótimo Boa tarde à atende do lugar, que retribui com um sorrisão
- Peço pães gratinados com queijo
- Dou uma rodada na loja em busca de algum produto lançamento e retorno ao balcão para receber meu pacote com sete pães gratinados e dois ou três pães de queijo de brinde, colocados estratégicamente pela nossa assistente
- Pego um Toddynho na geladeira e pago tudo
- Venho pra casa saborenado o Toddynho e comendo os pães de queijo

Agora eu tenho que ir ali, dar acabametno em uns bombons. A safra de morango desse ano está bem boa. Aconselho a todos.

A carteira custa R$35,00

Sempre fui fã da NBA. Quando pequeno, era louco pra ter os bonés oficiais com oito costuras na aba. Meu primeiro foi um do Chicago Bulls. Semelhante a este, porém preto. Logo depois, um roxo do L.A. Lakers.

O nosso maior medo era algum trombandinha levar nossa preciosidade, já que frenquentávamos muito o fliperama do Portugal (lembro de quando estreiou a máquina de Street Fighter - vinte fichas por dia) na época. Éramos todos um bando de cagalhões.

Na NBA o que mais gostava, além das transmissões dos playoffs pela BAND, era o campeonato de cestas de três. Nem curtia muito o de enterrada. Mas o de três era sensacional, os caras mal respiravam, altamente concentrados.

E também tinha um jogo pro Mega-Drive, que não consigo lembrar o nome, que meu irmão eu jogávamos muito. A gente não possuia o console, mas tinha uma locodara que o LOCAVA pra gente se divertir durante os fins-de-semana. Lembro da gente jogando toda vez que voltava da missa de domingo. Antes de chegar em casa, ainda dentro do carro fazendo o caminho de volta, elaborávamos jogadas e discutiamos qual era o nome mais legal dos times. Meu preferido sempre foi o Portland Trail Blazers. É muito legal falar esse nome, quando se é uma criança. Não lembro qual era o do meu irmão.

Todo esse assunto me veio à cabeça quando decidi que tinha que comprar uma carteira nova. Na busca por uma, encontrei um exemplar que se dizia oficial NBA do Bulls, muito semelhante às que circulavam na minha era infante. Que não é igual essas de hoje, feitas de coro. O lance era feito com um plástico preto, fechava na base do VELCRO e tinha uns plastiquinhos transparentes na parte interna central pra você guardar suas figurinhas dos albuns da Panini. Buscando na internet, só achei esse exemplar:

Acho que comprarei essa do Bulls, pra usar quando entrar de férias.

sábado, maio 07, 2005

domingo, maio 01, 2005

Entrevista com Guilherme Lemos


Da esquerda para direita:
- Hunger (A Fome), Knut Hamsun
- Até o dia em que o cão morreu, Daniel Galera
- Tropic of Cancer (Trópico de Câncer), Henry Miller
- Even the cowgirls get the blues (Até as vaqueiras ficam tristes), Tom Robbins
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Repórter: Existem livros melhores?
Guilherme Lemos: Com certeza.

Repórter: Mas há alguma relevância nessas obras?
GL: Depende.

Repórter: Como assim? (surpreso)
GL: Não há relevância alguma. (entediado)

Repórter: O que você diria sobre elas?
GL: Que foram escritas por mim.

Repórter: E você pode fazer isso?
GL: Claro. Por que não?

Repórter
: Simples, não são suas.
GL: E daí?

Repórter
: Os autores verdadeiros não iriam gostar dessa idéia.
GL: So what? SO WHAT?
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Que bela noite de inverno em São Joaquim da Barra. E ainda estamos no outono, não?

sábado, abril 30, 2005

Segundo tempo

Fui me servir da janta. Arroz, feijão e costelinha de porco. Primeiro o arroz, depois o feijão. É assim que se come, nada de derramar aquele monte de caldo de feijão e tacar o arroz por cima. Não, o arroz vai por baixo. Me ofereço cinco pedaços tenros de costelinha. Vou mastigar em frente a tevê.

Ligo e cai direto na Rede-Vida de Televisão, que está transmitindo um jogo, provavelmente de uma sub-divisão do futebol. Dou uma leve passada pelos outros canais. Na RedeTV!, passava um comentário sobre a Cicarelli ter perdido o filho. Na Globo, a entrada do Jornal Nacional apitava feito louca. Decidi voltar a Rede-Vida de Televisão "o canal da família brasileira".

O jogo estava em 1x1. Comercial e Bandeirante disputavam a partida em Birigui, uma cidade interiorana. A primeira coisa que o narrador falou foi um CARDOSO, assim mesmo, em caps lock. Ri da coincidência. Já valeu, pensei sem saber do que estava por vir. Como o CARDOSO era um jogador de frente do Comercial, que dominava o jogo, ele repetiu várias vezes o nome. Todas em caps lock, pois os outros jogadores tinham suas graças chamadas de forma normal. Comecei a me concentrar na partida. Passaram a elogiar um jogador de meia do Comercial, chamado Gabriel. Disseram que era um bom jogador, apesar da estatura baixa. Trinta segundos mais tarde, o repórter adentra a transmissão com a informação que o jogador media 1,67 centímetros. Nisso, o narrador solta: "Da sua altura, então.", o repórter retruca: "Sou 3 centímetros maior" e o narrador dá a deixa "O QUE NÃO É UMA GRANDE VANTAGEM". O comentarista se apressa, para não dar direito de resposta ao outro e solta: "E de BARRIGA, quanto ele tem?". O repórter, rindo, solta que com certeza nessa quesito ele ganha de sobra. Todos riem à beça. A palavra retorna ao narrador: "Temos que agradecer ao MESTRE SIMPATIA, pela refeição que fizemos aqui", e o comentador deixa: "Realmente ele é muito SIMPÁTICO". O repórter volta à cena e prega: "E, diga-se de passagem, que maravilha de MOCOTÓ, hein?". Todos concordam. Então, o comentarista faz um discurso: "Não, e que família FELIZ a do Simpatia. Que bom ver todos felizes, trabalhando. Você, que está em casa, sinta-se feliz por trabalhar, é uma graça. Você que está desempregado, faça uma prece, peça para que se arrume um emprego. Trabalhar é muito bom. Deixa toda a família feliz." O narrador concorda. Voltam as atenções ao gramado. Que pena que já era '35 do segundo tempo.

Terminou empatado, o jogo.

Eu fui comprar pão

Mas como é que pode, gritava a mulher ensandecida, num tom entre inconformismo e auto-flagelação - que de algum modo são parecidos. Passo e dou uma olhada na bicicleta dela parcialmente deformada pelo acerto provocado pelo carro. Antes de voltar novamente à calçada, já do outro lado da rua, dou um pulo e tento acertar o único piso que destoava da cor dos outros - esse era bege, enquanto os outros eram marrons. Heh, calçadas quadriculadas.

sexta-feira, abril 29, 2005

quinta-feira, abril 28, 2005

Melhor anúncio do dia

SÁBADO TEM FEIJOADA COMPLETA
reserve a sua


Quem estiver em São Joaquim da Barra ou em suas redondezas, é uma ótima opção para almoço. Jackson Boldrink's Food House, na esquina da rua Paraná com a Piauí.

terça-feira, abril 26, 2005

Devem ter colocado um publicitário fazendo estágio na cozinha experimental da Nestlé

Tentei achar uma imagem mas não consegui. ACABARAM COM O MUNDO, mesmo. A nova invenção do universo das galletas é o ultrajante NEGRESCO INVERTIDO.

Acertou na mosca: agora o biscoito é de baunilha e o recheio de chocolate. UM LIXO TOTAL. Primeiro foi aquela frescura de Negresco Ice Mint, que te dá a sensação de estar ESCOVANDO OS DENTES enquanto come a bolacha. E agora mais essa.

Ah, e ainda vem com a frase: "O biscoito que era branco no preto, agora é preto no branco!". E não há nenhuma alusão a Allan Sieber.

Chamem o Ratzinger. Denunciem pro GRAFITE. Quero todos os meliantes no XADREZ. Ultra-conservadorismo nas cozinhas JÁ.

Isso não é um poema

- Filho, vem cá. Escreve um poema pra mãe.

Ela folheia o caderno onde o seu filho escreve. Resignado, ele abandona seu posto em frente ao video-game e senta na na poltrona que lhe dá acesso à mesa. Ele parece não se incomodar que sua mãe, ou qualquer outra pessoa leia suas estórias, depoimentos ou o que quer que seja.

- Tá bom, mãe. E começa a escrever:

"Oi, mãe. Não gosto muito quando você está ocupada à tarde e me pede para ferver um copo de leite pra você na nossa velha caneca. Na verdade, eu sempre xingo baixinho e vou até a cozinha surrando em silêncio e com uma força concentrada os móveis que vejo pela frente. Mas quando chego lá até que faço com boa vontade. Lembro da senhora recolhendo minhas roupas do varal em dias de chuva e esquento o leite com boa vontade. E também gosto porque fico lendo as informações que têm no saquinho - data de validade, local de fabricação. Gosto muito da parte do "pasteurizado". E não deixa de ser legal a parte que o leite começa a ferver, fazendo bolhas no canto da caneca e depois subindo rápido até a boca. Quantas vezes achei que não daria tempo de girar a válvula do gás e o leite fosse derramar, sujando o fogão. Receita que eu faço é a seguinte: duas colheres de chá de Nescafé, uma de açúcar e um copo de requeijão de leite. Mexer. Apesar de nunca ter provado, acho que fica muito bom, já que a senhora me pede isso há pelo menos uns vinte e um anos."

- Mas isso não é um poema, diz a mãe.

- Eu não sou escritor, mãe. E volta para o video-game.

segunda-feira, abril 25, 2005

Madrugada

Tem vezes que dá medo de fechar a última janela do FireFox, desligar o computador e ir pra cama ficar ouvindo o silêncio enquanto o sono não vem, preocupado com o segundo dia da semana, sem perceber que já se está nele - sendo impossível a fuga.

sexta-feira, abril 22, 2005

Cove* wannabe


Simplória homenagem a ASS.

*Cove

quinta-feira, abril 21, 2005

Amém

Acordei meio tonto e deixei que uma de minhas pernas caísse para fora da cama, fazendo um de meus pés repousar acidentalmente em um chinelo que se encontrava ali na beirada. Coberto, em partes, pela minha manta de lã, gasto uns quinze minutos nessa posição: ah, como é bom esse clima friozinho que faz hoje cedo aqui em São Joaquim. Mudo de posição só para puxar minha perna de volta para a cama e cobri-la novamente, sentido o calor subir pelas veias. Fecho os olhos.

Decido levantar e vou ao banheiro dar uma boa mijada. Vejo, pelo espelho, minhas olheiras e meu cabelo meio despenteado: eu havia acordado, definitivamente.

Sento-me sozinho à meso do café. Como um pão com Becel e um copo de leite de soja. Foi uma boa opção comprar esse Purity da Cocamar ao invés do tradicional Ades. Esse negócio de cooperativas, quando bem feito, gera produtos de alta qualidade e ótimos preços. Desejo boa sorte a eles, são mais de 5.700 agricultores trabalhando juntos.

Levanto e procuro pelos meus pais: já estavam trabalhando. Volto para o quarto, escovo os dentes, me troco e desço para finalizar uma encomenda para esse feriado. Banho vários bombons, incluindo camafeus e o bombom de banana com canela, que ainda vai castanha de cajú salpicada por cima.

Finalizo o trabalho e saio dirigindo pelas ruas observando as gotas de chuva molhar as pessoas que caminham pela praça, que fica bem bonita com algumas folhas espalhadas pelo chão em volta do coreto. Poucas na verdade, as pessoas. As gotas também se esvaem e só sobra essa temperatura boa, o ar úmido e o céu variando entre um tom de cinza claro e azul. No supermercado, a feijoada pronta que predentia comprar havia se esgotado. Compro uma bolacha de leite com gotas de chocolate e dirijo de volta pra casa, comendo algumas pelo caminho.

Sem a feijoada, minha mãe começa a preparar uma massa de macarrão que ganhou de uma freira no dia da posse de Bento XVI. Desejo boa sorte a ele também.

terça-feira, abril 19, 2005

Bãi

Na madrugada de sexta pra sábado, passei mal um bocado. Não sabia ao certo o que havia acontecido. Não havia comido nada que não fosse da minha rotina - o que, no caso, era um Columbia hot-dog de R$3,50 (duas salsichas, condimentos exceto maionese, purê de batata, batata palha e requeijão).

Fato é que, chegando na faculdade ontem, fiquei sabendo o que ocorreu: o Columbia foi interditado, logo após 13 pessoas que saborearam o cachorro quente serem internadas por algum tipo de intoxicação alimentar.

Eu fui o décimo quarto. Mas, apesar do legítimo CAGAÇO, não fui internado. Sequer essa possibilidade me passou pela cabeça. Se bem que fiquei com enorme inhaca o sábado inteiro.

domingo, abril 17, 2005

Q+A

Q: why the assumption that all mogwai fans are male?
A: Not so much an assumption. Have you seen our gigs? I don't think a girl has ever come up to me after a show and said, "what kind of FX pedals are they?". Which is great because I don't like hitting girls.
Barry

segunda-feira, abril 11, 2005

A morte de She-Ra

A She-Ra foi a primeira namorada do Pinguim.

Após sérios problemas de saúde, o nosso cãozinho preto e branco sofria de uma disfunção sexual. Várias foram as tentativas do dono do depósito de bebidas aqui em frente de fazer com que o Pinguim cruzasse com uma cadela, mas sempre em vão. Até que a She-Ra apareceu. Uma cachorra de pêlos preto e amarelo, vira-lata, maior que o próprio Pinguim e muito esperta, apesar de toda "calma" que transparecia. Os dois cachorros se deram muito bem.

Um fato engraçado da história foi que, em uma madrugada, o guarda do depósito ligou para o dono do mesmo dizendo que havia ocorrido um milagre: O pinguim traçou a cachorrinha!

Agora a dupla Pinguim e She-Ra eram inseparáveis. Passavam o dia todo juntos, mesmo depois que ela ficou prenha e, por fim, pariu nove cãezinhos - somente um morreu no parto.

Por falta de espaço, as crias começaram a ser doadas. Todos bem bonitos, qualquer pessoa que os via queria levá-los. Até que, cerca de 45 dias após o nascimento, todos já haviam se separado da mãe.

Mesmo brincanco com o Pinguim, parecia que a cachorrinha estava num estado melancólico. Nas madrugadas, ela ficava deitada em frente ao depósito enquanto eu saía para a noite sãojoaquinense - isso em torno de uma da manhã. Quando voltava, lá pelas cinco e meia, a She-Ra havia permanecido acordada. Não há como não falar que seu olhar estava perdido dentro da noite.

Sábado passado, chegando em casa após um jogo de futebol, o dono do depósito me contou que a She-Ra havia morrido. Na hora me espantei e senti tristeza. Contou que a empilhadeira a atropelara. Ele disse que tinha como ela ter escapado, pois o acidente ocorreu com a empilhadeira dando ré. Disse-me que o escapamento dela solta um ar muito quente, o que repeliria a cachorra do local. Mas não, ela ficou e um roda quase passou-lhe inteira por cima do corpo. Ela gritou, saiu correndo e atravessou a calçada, vindo parar aqui em frente de casa, depois voltou mais uma vez à calçada do depósito e morreu.

Hoje cedo, antes de ir à academia, dei duas fatias de mortadela pro Pinguim.

domingo, abril 10, 2005

Eu ouço música aos Domingos


Considero obra-prima.

Eu almoço e janto aos Domingos

Sempre bom comer macarronada nos almoços de Domingo. Macarrão tipo spaghetti, um bom molho vermelho temperado com salsa e cebolinha e queijo. Este último, ao invés do tradicional parmesão, foi usado o provolone. Alguns copos de coca-cola e faz-se uma bela refeição.

Continuando o agrado ao paladar, serve-se uma bela Torta Paulista. Guloseima preparada tendo como principal ingrediente o amendoin torrado. Consiste de várias camadas de bolachas embebidas em leite e uma pasta feita de amendoim e creme de leite, basicamente.

Agora, no jantar, cometo a travessura de acrescentar alguns ingredientes ao macarrão. Salame tipo hamburgês(dica do Francismar), presunto de peru e fartas colheres de requeijão. Ficou bom também.

Pra finalizar, uma bela trufa de maracujá da Somel Doceria. ;)

É uma pena que, por estar fazendo faculdade e ter horários imprecisos, não dê para almoçar, jantar e saborear sobremesas todos os dias, apesar dos esforços da minha mãe para que isso ocorra. But that's ok.

Espero que todos também estejam tendo um bom fim de domingo como o meu.

sábado, abril 09, 2005

Internet saves

Que massa esse post do Cardoso sobre o Mogwai e sua turnê no Brasil em 2002.

Eu assisti o show em São Paulo, no teatro do SESC Vila Mariana. Hoje, vejo como a situação toda foi orquestrada. Conhecidos meus me perguntavam como, morando aqui em São Joaquim da Barra, eu conheceria uma banda escocesa. E eu respondia que era indicação de um amigo meu, e que eu baixava as músicas usando a internet(conexão discada, na época).

Porém, mais do que conhecer o Mogwai, ou qualquer outra banda, foi a influência que o mais famoso e-zine teve. Se não fosse o Parada começar a lê-lo(nem imagino quem deve ter indicado a ele) dificilmente eu faria muitas coisas que aprecio hoje em dia - desde o gosto pela leitura até uma tendência comportamental e, inclusive, ir à esse show do Mogwai.

Incrível como as ações de jovens lá em Porto Alegre, em meados de 1999, continuem(e continuarão) ecoando por tanto tempo e em lugares tão diversos. Obrigado.

sexta-feira, abril 08, 2005

Depoimento

O extinto The Chocolate Farm, que dEUS o tenha, foi uma experiência bem legal. Tinha poucos frequentadores, mas eu gostava deles. Apesar de não se encontrar muitas coisas boas nele, eu me divertia bastante escrevendo.

Porém, eu achava que andava sem tempo para postar e simplesmente o finalizei. Uma verdadeira falta de consideração.

Ensaiei várias vezes esse post de abertura do
Falcão da Mogiana, mas só agora o concretizo. Explico: antes de cobiçar a abertura de um novo blog e ficar mexendo nesse template pré-programado fornecido pelo Blogger, é que comecei a visualizar a verdadeira causa que me fez largar o The Choco: eu havia parado de observar as pessoas da minha cidade, esquecendo assim da própria. Só hoje percebi que o que me fazia escrever nele era isso. Observava tudo que era possível, desde uma pixação nova numa parede que passava todos os dias, como a conversa de dois operários em frente à Força Sindical. Hoje um estralo do meu cérebro fez com que eu prestasse atenção em um senhor, com fortes traços nordestinos - tanto físicos quanto verbais, em uma conversa num telefone público. Olhei em volta e percebi todo um cenário que podeira descrever, o que me fez lembrar do meu finado blog.

Ainda não estou muito a vontade para redigir um novo blog. Mas farei disso pelo menos um exercício. Acho que vale a pena.

Abraços.